quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Triêro - Voz de Todas as Línguas


RECOMENDADISSIMO

Há muito a magia do som dos pífanos encanta os músicos Pedro Verano, César Henrique e Diogo Machado. Desde 2002 eles se dedicam à construção destes instrumentos (em diversas variedades) e ao estudo do seu toque. Ao mesmo tempo desenvolvem outros instrumentos musicais de bambu, como chocalhos, tambores, pau-de-chuva, saxofone, dentre outros. Da convivência com o músico Anthony Brito e das brincadeiras musicais livres cada vez mais freqüentes, em 2004 nasce o Grupo Triêro. Motivada pelo encanto das melodias e ritmos que brotam em cada canto do Brasil, a trupe se lançou na estrada há dois anos, fazendo shows e oficinas, participando de festivais populares e folclóricos, visitando e conhecendo novos sons. A bordo de uma Kombi, já percorreram mais de 70 mil quilômetros entre Goiás, Bahia e Mato Grosso.
Imagine flautas, chocalhos, pau-de-chuva, triângulo e didjeridu (instrumento de sopro cujo som se assemelha ao do berrante). Some a isso violão, viola, zabumba, pandeiro e cabacelo. Está pronto: isso é Triêro. Pedro Verano, Anthony Brito, César Henrique e Diogo Machado. Um grupo nada convencional que dá vida à pluralidade da música brasileira.
Com estilo sonoro descontraído o Triêro traz em seu repertório composições próprias e arranjos inusitados de músicas de Hermeto Pascoal, Luiz Gonzaga e Carlos Malta, tendo como característica marcante o revezamento dos músicos entre os instrumentos. Durante o show o grupo diversifica sua formação, produzindo diversos timbres e texturas musicais.

Contato: triero_mt@yahoo.com.br

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terça-feira, 30 de outubro de 2007

Vida Seca - Som de Sucata - 2006



RECOMENDADISSIMO

Nascido em Goiânia a partir de um bloco de percussão de lixo, o grupo Vida Seca vem atuando desde 2004.
Se valendo de lixo e sucata, faz um som autêntico, divertido e intrigante.Tendo forte relação com os movimentos de rua, o Vida Seca realiza shows, oficinas e formação de blocos, tendo o lixo como matéria prima e inspiração.
O trabalho voluntário de Educação Ambiental nasceu junto com a banda que fazia música, misturando instrumentos convencionais com outros criados a partir do reaproveitamento do lixo: começou com cerca de vinte integrantes que, ao longo do tempo, foram, naturalmente, dispersando-se. Quatro deles permaneceram juntos e deram origem ao Grupo Vida Seca que, hoje, coordena ações socioeducativas e culturais, usando a temática ambiental e a música como caminhos para a conscientização dos mais diversos públicos.
Contato: eutambemdesacato@gmail.com (Igor Zargov)

O Vida Seca é formado por:

- Danilo Rosolem

- Ricardo Roquete

- Thiago Verano

- Igor Zargov


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segunda-feira, 29 de outubro de 2007

O Canto dos Escravos - 1982


RECOMENDO:

Um dos títulos mais importantes e corajosos da fonografia brasileira está aqui!!!! 21 anos depois do lançamento em elepê, ao formato digital. Trata-se de O Canto dos Escravos, coleção de 14 cantos da série recolhida por Aires da Mata Machado Filho no fim dos anos 20 do século passado, em São João da Chapada, município de Diamantina, Minas Gerais. Interpretando os cantos, Tia Doca, pastora da Velha Guarda da Portela, Geraldo Filme, um dos nomes fundamentais do samba paulistano, e Clementina de Jesus, arainha negra da voz, como a definiram Moacyr Luz e Aldir Blanc.Em férias, em 1929, um filólogo viajou para São João da Chapada, onde lhechamaram a atenção "umas cantigas em língua africana ouvidas outrora nos serviços de mineração", - Tais cantos são chamados vissungos, palavra que vem do umbundo ovisungo (cantiga, cântico),Ele defendia que os estudos da dialetologia brasileira e questões quedissessem respeito à etnografia seriam sempre provisórios se não fosse considerada a importância de Minas Gerais - e o tempo encarregou-se de mostrar seu acerto. O texto de introdução de O Negro e o Garimpo em Minas Gerais vai reproduzido no CD; o autor autorizou essa reprodução e a gravação de 14 dos 65 cantos que recolheu e partiturou. Autorizou,ainda, a reprodução das notas que, no livro, acompanham as letras dos cantos, traduções do dialeto dos benguelas e observações sobre o sentido dos textos.O disco, de uma beleza crua, não tem instrumentos harmônicos. Acompanham os três cantores a percussão de troncos, xequerês, enxadas, cabaças, atabaques, agogôs, ganzás, caxixis e afoxés tocados por Djalma Corrêa,Papete e Don Bira.Os intérpretes são figuras de sabida importância na divulgação esustentação da cultura brasileira de origem africana. Geraldo Filme,grande compositor, cantor de vozeirão profundo, foi, na definição deOsvaldinho da Cuíca, o grande articulador, a "cabeça pensante" do sambapaulistano. Tia Doca, nascida Jilçaria Cruz Costa, manteve por décadasum pagode dominical que ajudou a manter vivo o samba de raiz carioca;sua participação no disco foi sugerida por Clementina de Jesus, que foirevelada ao mundo aos 64 anos, depois de ouvida, num botequim da Lapa,centro do Rio, por Hermínio Bello de Carvalho.

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Sapoty da Mangueira - Nêga Atrevida - 1976


RECOMENDO:

Sapoty da Mangueira faz parte da “Velha Guarda” da Mangueira. Seu verdadeiro nome é Norimar Maria dos Santos, nascida no Rio de Janeiro. Sapoty começou aos 15 anos como passista da Estação Primeira de Mangueira e aos 17 anos foi convidada por Oswaldo Sargenteli como intérprete e mulata para se integrar ao conjunto de mulatas mais conhecido no Brasil. Em 1974 apresentou-se no Rio Fascination como intérprete. Na oportunidade, Sapoty foi tida como a melhor cantora.Em meados dos anos 70 e 80 Sapoty viajou por vários países já em carreira solo, entre eles Itália, Holanda, França e Equador. Assinou contrato com a gravadora Phonogram em 1976, gravando seu primeiro disco, o Nega Atrevida. Com o sucesso na Phonogram, foi convidada pela gravadora RCA para fazer um compacto e assinou contrato.Foi convidada, em 2001, por Josimar Monteiro para se integrar a Velha Guarda da Mangueira, fazendo, a partir de então, vários shows. Teve participação especial como pastora da Velha Guarda no DVD de Chico Buarque de Holanda.Em 2006, Sapoty monta um show com um grupo de sambistas andreenses do Candeeiro, fazendo trabalho paralelo à Velha Guarda.

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Os Brazões - Os Brazões - 1969


RECOMENDO
Integrada por Miguel e Roberto nas guitarras, Eduardo na bateria e Taco no Baixo, Os Brazões era a banda que acompanhava Gal Costa no final dos anos 60. Cultivavam um estilo imerso no tropicalismo, com altas doses de psicodelia, evidenciada pela guitarra fuzz de Roberto e pela guitarra wah wah de Miguel. O rico trabalho de percussão, as letras em português e a utilização recorrente de ritmos regionais, completam a fórmula sonora dos Brazões. Uma comparação com Santana não é de todo errônea.Os Brazões é uma das mais intressantes bandas da psicodelia brasileira. Este disco, que em determinados momentos parece estar a frente do seu tempo, com pinceladas bastante elaboradas de rock e até de fusion, lamentavelmente é o único legado da banda. Um grupo que com certeza poderia ter ido muito longe.

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Luis Vagner - Guitarreiro - 1976



Nascido em 20 de Abril de 1948 de mãe india (Sulema Lopes) e pai telegrafista/maestro (Vicente Lopes), e ainda neto de flautista, o futuro instrumentista e compositor de Bagé (RS) assimilou em sua infância notas de jazz orquestral, sambas, choros e gêneros locais. Com nove anos de idade ganhou um concurso dançando rock-and-roll e já incursionava pela bateria de Limão, instrumentista da orquestra de seu pai. No primeiro violão descobriu os três acordes necessários para cantar músicas de seus ídolos, Little Richard, Bill Halley e Chuck Berry.Em 1962, em Porto Alegre, Luis Vagner montou com os amigos Luis Ernani, Waldir Jack's e Edson da Rosa, o grupo The Jetsons, que estreou no programa de calouros do Ivan Castro na TV Gaúcha Canal 12 e virou presença constante em programas como Parque infantil, também do Canal 12, Juventude em brasa e Q Sucessos, ambos da TV Piratini. A banda passa a se chamar Os Brasas. Em 1966, o grupo migra para São Paulo, onde a partir de 1967 gravam vários compactos. Os Brasas lançam em 1968 seu único LP e quando o grupo se desfaz (1969), Luis Vagner começa a carreira solo, lançando um compacto com as autorais "Viagem para o Sul" e "Moro no fim da rua" (com Tom Gomes), esta gravada também por Wilson Simonal e Trio Esperança (homônimo, Odeon, 1971).Junto com o seu parceiro, Bedeu, com quem compôs vários sucessos.No ano em que gravou seu primeiro LP-solo, o samba-roqueiro Simples (Chantecler), Paulo Diniz gravou sua composição "Como?" (Paulo Diniz, Odeon, 1974). Em 1975, Luis Vagner lançou Coisas e louzas, novamente pela Chantecler, e segue fornecendo novos elementos sonoros com um disco intitulado Guitarreiro (Copacabana, 1976), inteiramente autoral, que trafegou em ritmos variados, do samba e guarânia à chula, pincelados pelo reggae e pelo rock. Destacam-se a faixa-título (referência ao seu apelido, "Gaúcho Guitarreiro"), "Lá no Partenon" e "Queres o que ô?". Em 1978, sua canção "Guria" foi incluída na novela Dancin Days, da TV Globo. Essa mesma faixa fecharia o LP Fusão das raças (Philips, 1979), que ainda traria "Rockeira" e "Neguinha boa (A boa e o trouxa)".Em 1982 defendeu, no festival MPB Shell, "Crioulo glorificado", composição de Jorge Ben, que no ano anterior havia homenageado o músico que integrava a Banda do Zé Pretinho com a canção "Luis Vagner Guitarreiro", registrada em Bem vinda amizade (Som Livre)."Crioulo glorificado" ganharia gravação de Luis Vagner em Pelo amor do povo novo (Copacabana, 1982). A sua veia reggae circularia pelo Festival dos Festivais em 1985, quando defendeu "Não nega", faixa de abertura de seu disco lançado em 1986, O som da negadinha - Ao vivo (Copacabana). Este LP, ao lado de Conscientização (Copacabana, 1988), é o que melhor radiografa o envolvimento do gaúcho com a herança de Bob Marley e Peter Tosh.Decepcionado com a realidade do mercado fonográfico, embarca em 1989 para a França e participa de festivais (como os franceses "Jazz à Vienne", Méridien Montparnasse e Festival de Vaux Sur Seine, e o africano Festival d''''Abidjan), e ainda grava um disco (Cilada, Phoenix, 1990). Retorna ao Brasil em 1992, quando articula seu próximo álbum (Vai dizer que não me viu... , Daaz Music, 1995).Junto de Hélio Matheus Depois disso, o músico se distancia do mercado, e só volta a lançar em 2001. Swingante focaliza no toque da guitarra o principal guia para tentar apresentar as interseções negras de Little Richard e Chuck Berry com o conterrâneo Lupicínio Rodrigues e com Luiz Gonzaga.Projeto pessoal em que estava debruçado há anos, o CD de ares reggae Brasil afro sulrealista nasceu com a intenção de mostrar a veia negra do Sul do Brasil. Em 2003, teve o CD Simples relançado dentro do projeto Arquivos Warner, selecionado por Charles Gavin, baterista do Titãs. Com mais de 300 composições gravadas, o Gaúcho Guitarreiro coleciona sucessos como - "Camisa 10" (Luis Américo), - "Espelho mágico" (Sílvio Brito), -"Silvia, vinte horas, domingo" (com Tom Gomes, por Ronnie Von), - "Vou pular neste carnaval" (Eliana Pittman), - "Se quiser chorar por mim" (Wando) e "Segura a nêga" (Bebeto).

Curiosidades

-40 anos de carreira mais de 300 composições gravadas.
-A música "Como?" vendeu mais de 5 Milhões de cópias, entre várias regravações o Albúm de Paulo Diniz aonde esta gravado "Como?" vende até hoje 60 mil cópias por ano, há mais de vinte anos.
-Foi Baixista da Banda do Zé Pretinho, e reza a lenda que roubava a cena.
-Ganhou uma guitarra Fender Stratocaster do Odair José (sim! o autor de "Pare de tomar a pilula"!) que ficou encantado quando viu o Vagner tocando, Na época ele usava uma guitarra caseira. Foi sua guitarra favorita até um roadie esquece-la ela num táxi, em Porto Alegre.
-Foi então que ele ganhou uma Ibanez Les Paul do Jorge Ben, que ele tem até hoje.
-Morou nos anos 70 no Solar da Fossa, Rio de Janeiro, condomínio aonde moravam vários artistas. Foi lá que conheceu e conviveu com Tim Maia, Hildon, Cassiano, Paulo Diniz, MPB4, Gal Costa, Darlene Glória entre outros. Na época da Jovem Guarda, quando estavam em turnê em Porto Alegre, Erasmo Carlos e Vanderléia subiram o morro (Parthenon) pra conhecer uma banda local que era famosa por ter um grande guitarrista. Eram os Jetsons, e o guitarrista, Luis Vagner.
-Na década de 80, no festival de Jazz de Nice, subiu no palco pra dar canja com o BB King. Quem emprestou a guitarra foi o Jonhn Skotfield, guitarrista da banda de Miles Davis.
-Tem a carteirinha Nº1 do Clube do Balanço, e participou ativamente do Projeto desde o início.

Download: Luis Vagner - Guitarreiro - 1976

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Marambaia



Recomendo
Existe um disco do Milton Nascimento que se chama "Geraes" e nele uma musica: Circo Marimbondo. Marambaia vem de um verso dessa musica, aliás, seu refrão: "Circo Marimbondo, Circo Marambaia, se eu te der um tombo, tomara que caia..." Essa palavra chamou minha atenção desde a primeira vez por sua sonoridade, antes de tudo o som! As palavras e seus sons! No Dicionário, encontramos Marambaia como gíria da marinha brasileira, que indica marinheiro namorador, que se esquece de voltar para o barco. Escravo do coração! Pra quem é de Brasília, Marambaia é o nome de bar (direção sul, 311) e no bar é que as alegrias se extravasam e essa alegria que faz com que as pessoas se aproximem. Nós precisamos disso. Acima de tudo, alegria! Também, é verdade que Marambaia é bairro em Belém do Pará. Atravessamos o país do cerrado á mata amazônica para desembocar em pororoca de pratos e tambores de bandolins e guitarras elétricas. O Brasil musical não tem fronteira! Recentemente chegou a informação de que Marambaia é a denominação de mulheres quilombolas (negras descendentes dos habitantes dos quilombolas que se formaram em uma região chamada Restinga da Marambaia, ao sul do estado do Rio de Janeiro). Batuque Ginga, luta, capoeira. Esse é o fundo negro de nossa harmonia. O Brasil musical tem todas as cores! Para nós Marambaia é a cor e o sentimento de nosso som. A música é a nossa verdade. Antes de mais nada, Marambaia é liberdade!
Texto extraído do encarte deste cd.
Download: Marambaia

Gerson Combo Brazilian Soul 1968


RECOMENDADISSIMO, MUITO RARO!!!!!!!!!!!!

Mais uma pedrada para os meus amigos do musicadaminhagente.blogspot.com, um disco totalmente raro que até o Gerson nao sabe que alguem tem, uma verdadeira raridade, que como sempre colocamos em primeira mão a todos, entao sintam-se em casa e apreciem sem moderação---B'Side----

Chamado Gerson Combo Brazilian Soul em 1968.É uma explicação de quem começou o soul no brasil, era primeiro Gerson King Combo depois mudou para Gerson Combo, que é uma palavra da língua Bantu que significa grupo de cinco ou mais pessoas. Vi Combo em um livro,disse ele, minha vó falava bantu, ela contava que quando os escravos se reuniam para rezar se chamava Combo. Combo era a reunião para a magia do terreiro. Os meus bisavós eram escravos. Antes de tudo Gerson ja havia mexido no soul Só que a dança não existia, não tinha nada.Em 1967 teve a Turma da Pilantragem que imitava Chris Montez com músicas já conhecidas. Eles fizeram sucesso com “Primavera” do Cassiano., onde ele já gravava soul, já cantava soul, um soul brasileiro. Eu era o único que cantava esse estilo. Quando disseram que o Tim Maia era o rei do soul ,entao Gerson deu uma entrevista para o Jornal do Brasil dizendo que adorava ele mas ele não era o rei do soul, afinal fui eu que iniciei o soul aqui. Tanto é que o disco esta aí.
Download: Gerson Combo Brazilian Soul 1968

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Mussum - Água Benta - 1978


RECOMENDO, RARISSIMO!!!
Em 1978 Nosso Querido "Mumu da Mangueira lança seu disco solo, - Água Benta - que traz sua marca registrada, o samba, e vem recheado com muitas participações. Uma raridade que o musicadaminhagente.blogspot.com, nao poderia deixar de oferecer aos apreciadores da boa musica!Em 7 de abril de 1941 vinha ao mundo Antônio Carlos Bernardes Gomes, mais conhecido como Mussum, foi um músico e humorista brasileiro de sucesso, membro do grupo humorístico Os Trapalhões.Mussum teve origem humilde, nos morros cariocas. Estudou durante nove anos num colégio interno, onde obteve o diploma de ajustador mecânico.Pertenceu às forças armadas durante oito anos, ao mesmo tempo em que aproveitava para participar na Caravana Cultural de Música Brasileira de Carlos Machado. Foi músico e sambista, e fez parte do grupo Os Originais do Samba, onde chegou a atingir certa fama e viajou por diversos países. Era conhecido nesta época como "Mumú da Mangueira".Foi então convidado para participar do show de televisão Os Trapalhões. De início declinou o convite, justificando sua recusa com a afirmação de que pintar a cara, como é costume fazer aos atores, não era coisa de homem. Em 1969, entretanto, o amigo Manfried Santanna (Dedé Santana) conseguiu convencê-lo, e Mussum passou a integrar o programa que terminaria tornando-o famoso.Mussum faleceu em 29 de Julho de 1994, não resistindo a um transplante de coração, e foi sepultado em São Paulo. Deixou um legado de 27 filmes com o Os Trapalhões, além de mais de vinte anos de participações televisivas, através das quais imortalizou-se o seu modo particular de acrescentar as terminações "is" ou "évis" a palavras arbritrárias (ex: forévis) e pelo seu inseparável "mé" (gíria para cachaça).
Download: Mussum - Água Benta - 1978

Gerson King Combo - 1977



A soul music de Gerson King Combo não começou com a Banda Black Rio, como muitos pensam. Gerson começou a cantar soul em 1970, numa das mais completas e requisitadas bandas cariocas: o FÓRMULA 7, que era uma verdadeira indústria de soul music. Desta banda saíram verdadeiras feras hoje conhecidas internacionalmente, como o próprio GERSON, o arranjador internacional e tecladista HUGO BELLARD, o trumpetista internacional de jazz MÁRCIO MONTARROYOS, o baixista LUIS MAIA que hoje é mundialmente considerado como o melhor baixista brasileiro e que mora no Japão, além de um dos melhores, se não o melhor guitarrista brasileiro: HELIO DELMIRO. Foi neste grupo, fazendo shows nos melhores clubes da zona sul do Rio de Janeiro, que Gerson cantava acompanhado por arranjos de Hugo Bellard e com este time de notáveis, musicas de Stevie Wonder, O.C.Smith, James Brown, Blood Sweet and Tears, e outras feras americanas do soul e do funk.Com o final do grupo, GERSON partiu para o sucesso na BANDA BLACK RIO, enquanto HUGO BELLARD partia para uma carreira independente como arranjador dos principais sucessos das paradas, gravando para a EMI, Universal (Polygram), CNS (Sony) e RCA (BMG). Depois da BANDA BLACK RIO, Gerson partiu para a carreira solo em 1978, com o lançamento do seu primeiro disco (foto ao lado). Gerson tornava-se uma figura respeitada e até mesmo exótica dentro da música brasileira, passando a integrar um time de celebridades soul nacional, do qual fazia parte musicos como Hyldon, Tony & Frankie e Cassiano. Tony & Frankie também gravavam com arranjos de HUGO BELLARD. Foi RAUL SEIXAS quem apresentou HUGO a eles, na CBS, quando HUGO gravava os teclados do disco do RAUL.E o destino acabou por unir novamente o arranjador HUGO BELLARD e GERSON KING COMBO em 1980, no segundo album do Rei do Soul. Este disco hoje é item de colecionadores de vinil em todo o mundo, sendo vendido inclusive em lojas especializadas de soul de Londres. Uma das faixas, inclusive, é de autoria do próprio HUGO BELLARD, em parceria com GERSON: "HEY VOCÊ". GERSON KING COMBO volta em 2001 a lançar disco no Brasil, pela Continental: "MENSAGEIRO DA PAZ". Hoje GERSON é considerado por muitos, até mesmo como o precursor do RAP nacional. E o Brasil levou 20 anos depois dos gringos, para descobrir isso.

Gerson King Combo - Volume II (1978)



Gerson King Combo - 1978 - Nascido em Madureira (subúrbio do Rio), Gerson começou carreira fazendo dublagem no programa Hoje é Dia de Rock, de Jair de Taumaturgo. Depois, levado pelo irmão (Getúlio Côrtes, compositor de "Negro Gato"), começou a dançar no Jovem Guarda, de Roberto Carlos. Com a soul music tomando seu corpo, Gerson cantou nas bandas de Wilson Simonal e Erlon Chaves e ajudou a fundar a Banda Black Rio. Mas foi em carreira solo, rebatizado de Gerson King Combo (em homenagem à banda de soul e jazz King Curtis Combo), que ele experimentou o auge de sua popularidade, como o Rei dos Bailes Black cariocas. Os dois volumes da série de LPs "Gerson King Combo" espalharam sucessos como "Mandamentos Black", "Jingle Black" e "O Rei Morreu". Nos anos de 1990, há um bom tempo afastado do cenário musical, Gerson começou a ser reconhecido, por causa de suas falas improvisadas sobre a base funk, como precursor do rap nacional. Chegou então a gravar com o grupo Artigo 288 e a participar de shows de soul music.Sensação nos bailes blacks cariocas dos anos 70, Gerson King Combo é ícone do verdadeiro funk brasileiro. Capas extravagantes, vozeirão e muita dança eram sua marca registrada. Esse foi o primeiro álbum solo do cantor, lançado em 1977, já recheado de hits consagrados, como "Mandamentos Black" e "God Save the King". Algumas faixas tem o título em inglês, em resposta a influência do soul americano na música do carioca. . Seguidor do discurso black is beautiful. GKC é do tempo em que o funk era realmente cheio de groove e alma. Nas palavras de Jorge Ben, fã de carteirinha do carioca: "God Save the King Combo"!!!Um dos pioneiros do movimento soul music no Brasil, e considerado por muitos como Rei do Funk Brasileiro, Gerson King Combo é hoje uma figura legendária entre musicólogos no Brasil e no exterior. Gerson tem movimento de seguidores até mesmo na Inglaterra e no Japão.
Download: Gerson King Combo - Volume II (1978)

Di Melo - Di Melo - 1975



Se você desconhece este cidadão, saiba que tá perdendo um som que não é brincadeira. Di Melo, é um um cantor e compositor pernambucano que diz a lenda, sempre estava bem acompanhado. Mas isso não vem ao caso hehehe, o que vem ao caso é que esse rapaz é um dos muitos músicos injustiçados Brasil a fora.Considerado um dos pioneiros da música soul aqui no Brasil, Di Melo é desconhecido do grande público e é até difícil de compreender como o cidadão ficou no anonimato fazendo o som que faz. Vai entender...Di Melo só tem um disco lançado, e pasmem(música de suspense)...é esse mesmo que eu vou deixar aí para os apreciadores de boa música baixarem. Soul, funk e Mpb de primeira no mesmo prato e para complicar mais a situação, os arranjos são do "bruxo dos sons" Hermeto Pascoal. Esse é discaço, vale a pena e essa tal de "Se o mundo acabasse em mel"...só pode ser brincadeira.Di Melo - Di Melo - O Disco Gravado originalmente em 1975. O disco conta com a participação do "bruxo dos sons" Hermeto Pascoal e do guitarrista Heraldo do Monte. O ponto alto do CD é a faixa "A vida em seus métodos diz calma", maior sucesso do cantor. O destaque fica por conta de " Se o mundo acabasse em mel", presente no CD e nas noites do Balanço!!!
Download: Di Melo - Di Melo - 1975

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Lady Zu



Coloco a disposição de vocês meus caros amigos, que na minha opinião é um dos maiores icones da nossa musica, os dois primeiros discos da Lady Zu, espero que façam bom proveito que eu fiz e curtem da mesma forma que eu, que ao tê-los em minhas mão chorei igual criança de tanta felicidade - B'Side

Na segunda metade da década de 70, não havia ninguém mais quente no cenário da música dance brasileira do que LADY ZU. Seu maior sucesso, "A Noite Vai Chegar", incendiava as pistas das discotecas. Outro grande sucesso, "Hora de União", foi incluído na trilha-sonora da novela "Dancin' Days", uma febre nacional na época.Dona de um timbre incomparável e grande potência vocal, Lady Zu lançou outros discos nas décadas seguintes, além de participar do projeto "Alma Negra" e em discos de outros artistas. Filha de pernambucanos, Lady Zu, ou melhor, Zuleide Santos Silva, nasceu no dia 7 de maio de 1958, no bairro do Canindé, em São Paulo. Ao perceber que a pequena Zu gostava de brincar de artista, seu pai resolveu levá-la aos estúdios da TV Cultura para se apresentar no programa de talentos infantis "O Dois É Nosso". Sua primeira interpretação foi o samba "Triste Madrugada", da autoria de Jorge Costa. Fez aulas de canto dos 10 aos 13 anos, época em que seguiu se apresentando em programas infantis do rádio e da televisão e em bailes na periferia de São Paulo. Mais tarde, ela trabalharia como bancária, escriturária e até locutora do Mercado Municipal da Lapa. Fã de Aretha Franklin e Tina Turner, fez diversos testes para crooner em casas noturnas, mas sempre era vetada por ser ainda muito jovem.Reconhecida como um dos maiores nomes da música soul do Brasil, ela segue ativa, com shows por todo o país e aparições em programas de televisão e rádio.
Fonte: http://www.ladyzu.net

Lady Zu - Fêmea Brasileira (1979)




Fêmea Brasileira (1979)
O segundo disco de Lady Zu, "Fêmea Brasileira", foi lançado em 1979 e, de imediato, alçou aos primeiros lugares a música "Hora de União (Samba Soul)", um dueto com seu autor, Totó Mugabe. A canção foi incluída na trilha-sonora da mania nacional da época, a novela "Dancin' Days", da Rede Globo - garantindo-lhe alcance ainda maior de público. Apesar de manter a fórmula disco music na linha de frente ("Disco Dance", "Dança Louca" e "Um Pra Lá, Dois Pra Cá), "Fêmea Brasileira" acenava com a possibilidade de uma guinada para o samba-funk ou mesmo para a MPB. Nesse disco, o clássico "Boneca de Pixe", de Ary Barroso, foi revisto numa deliciosa parceria de Lady Zu com o cantor Luís Vagner. Além disso, "A Banda", de Chico Buarque, ganhou uma inesperada versão dançante.

Lady Zu - A Noite Vai Chegar (1978)



A Noite Vai Chegar (1978)
Seu primeiro disco, um compacto simples com a música "A Noite Vai Chegar", tornou-se um hit instantâneo nas rádios e nas pistas de dança de todo o país. O sucesso foi incluído na trilha sonora da bem-sucedida novela "Sem Lenço, sem Documento", da Rede Globo, o que, por si só, era um feito e tanto para uma cantora nova. ‘‘Tocava de Norte a Sul. Era superlegal porque todos dançavam, blacks e brancos. Isso era chiquérrimo e verdadeiro’’, relembra ela.
Download: Lady Zu - A Noite Vai Chegar (1978)

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Noriel Vilela - Eis o Ôme (1968)




Conhecido como o tenor do samba, Noriel Vilela começou sua carreira como integrante dos Cantores de Ébano, nos anos 50. O cantor era umas das vozes mais poderosas do grupo. A clássico "16 Toneladas", sempre esperada nas pistas do Balanço, foi gravada primeiramente pelo carioca. "Eis o Ôme" é o primeiro, e único, álbum solo de Noriel, que morreu cedo. Lançado em 1968, o disco representa bem a mistura de umbanda e samba-rock do cantor. A forte presença da cultura afro é marca registrada do sambista. Referências leves e bem humoradas para o folclore dos santos e orixás são constantes, representando o legítimo samba de preto velho. Relançado em CD, "Eis o Ôme" é um achado para quem aprecia sambalanço de primeira com tempero afro. Destaque para as faixas "Só o Ôme", "Pra Iemanjá Levar", "Eu tá Vendo no Copo" e "Cacundê, Cacundá". Saravá!!!

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

João Donato - A Bad Donato (1970)



Em 1970, João Donato, um dos maiores pianistas e compositores da Bossa Nova, gravou em Los Angeles um disco único em sua carreira, experimentando novas sonoridades numa fusão de música brasileira com jazz, funk, rock e música eletrônica. Com a participação de músicos excepcionais como Bud Shank, Ernie Watts, Bill Hood, Emil Richards, os brasileiros Dom Um Romão e Oscar Castro Neves e arranjos em parceria com Eumir Deodato, A Bad Donato recebe aqui finalmente sua primeira edição em CD - remasterizada e com depoimento exclusivo do artista - e revela porque se tornou uma referência para a música moderna contemporânea. "A Bad Donato" é ao mesmo tempo um disco de transição e de exceção. Nele, não se reconhecem a sutileza e a preguiça típicas do som do parceiro e sósia espiritual de João Gilberto. Na gravação, o experiente músico, que já tinha participado da gestação da bossa nova e tocava havia quase uma década nos Estados Unidos com expoentes do latin jazz, resolveu entrar de sola no espírito da época, lançando um disco funky e "espacial", com a ajuda de Eumir Deodato. A marca da composição de Donato, feita de pequenas células melódicas que vão se transformando na exploração harmônica, está lá, mas é quase soterrada pelo peso dos instrumentos (como na quase irreconhecível "A Rã"). Donato mesmo explica no encarte: "Tava na época do LSD, não sei o quê. (...) Eu fiz o disco mais barulhento que me lembro de ter feito". "A Bad Donato" também representa uma transição porque a eletrificação acabaria por se acomodar ao estilo de Donato em discos posteriores como "Quem é Quem" e "Lugar Comum". Esta edição remasterizada da Dubas é o primeiro lançamento em CD do disco no Brasil.

Marco Mattoli - "Balanço Bom É Coisa Rara" 1996/1997

RARISSIMO:

Mattoli é um dos membros fundadores do Clube do Balanço, um coletivo de músicos apaixonados pelo estilo. Mattoli lançou este excelente álbum em 1996/1997, altamente influenciado por Jorge Ben e Bebeto!! Os vocais cool de Mattoli e seu violão ditam o ritmo das faixas, pontuando cada uma dela com uma vibe sambística maravilhosa. Álbum difícil de ser encontrado, porém a oportunidade de conseguí-lo está AQUI!!!, E como sempre pra trazer boa musica e raridades pra vocês o musicadaminhagente.blogspot.com, como sempre coloca a disposição de todos mais uma peróla de seu raro acervo. Não percam!!
Dentre os participantes desse album (que tempos depois, iria dar origem ao CLUBE DO BALANÇO), temos os "Clubistas" Tiquinho (trombone) e Eduardo "Peixe" Salmaso (bateria), além de Bruno Bona (teclados) e Reinaldo Chulapa (baixo) (que mais tarde junto com Marcelo Munhoz fundaria o Sambasonics), a atriz e cantora Adriana Lessa e a cantora (e irmã do Edu Peixe) Monica Salmaso.
Poucos no Brasil fizeram tanto pelo renascimento do samba rock em São Paulo quanto Marco Mattoli, fundador do Clube do Balanço. Seu grupo faz um trabalho de resistência cultural, e desde a sua fundação, 1999, tem como principal mérito, ter feito renascer o samba-rock nas noites da cidade.A história musical de Mattoli se confunde com toda essa retomada do samba-rock no circuito musical brasileiro. Mattoli começou sua carreira fundando a banda Guanabaras, uma proposta de fazer uma música pop, mas de raiz genuinamente brasileira. Com o sucesso da música "Correndo ao encontro dela", conheceu o universo dos grandes bailes Black de São Paulo. Passada a fase dos Guanabaras, gravou o CD “Balanço Bom é Coisa Rara”, já com a participação de Luiz Vagner na canção “Segura a Nega”. Desse primeiro trabalho, nasceu a semente do Clube do Balanço, pois o disco já contava com a participação de Edu Peixe, Gringo, Fred Prince e Tiquinho. E foi com essa formação que o projeto foi se lapidando e deu origem ao Clube do Balanço. Samba rock, é uma forma de dança dos bailes negros da periferia de São Paulo, que existe desde os anos 60. É uma forma de dança que mistura samba no pé, gafieira, salsa e rock. A trilha peculiar dos bailes mistura samba, sambalanço, jazz e Rithm & Blues de uma forma eclética só encontrada nestes ambientes. O baile nostalgia resiste a mais de trinta anos como uma forma única de expressão urbana do negro paulista. O Clube do Balanço no final dos anos 90 leva a tradição dos bailes para o público classe média que num momento de redescoberta da grande música negra dos anos 60 e 70 começa a freqüentar e lotar os shows da banda.
Sintam só a pedrada:
01 Intro
02 Balanço
03 Segura a Nega(Com Luiz Vagner)
04 Aeroporto
05 Saudades da Preta
06 Orayeye
07 Ela é Demais
08 Pobre de Deus
09 Santa Paciencia

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Ronnie Von - 1969 - 'A Misteriosa Luta do Reino do Parassempre Contra o Império de Nuncamais'



Durante quase 30 anos estes discos ficaram esquecidos nos catálogos das gravadoras, sem que houvesse interesse em relançá-los em cd. Magoado, o prórpio Ronnie Von evitava falar sobre os álbuns. Paralelamente, cópias dos LPs - originais e piratas - eram disputadas a preço de ouro por colecionadores, sobretudo do clássico álbum de 1968. A nova gereção, aos poucos, ia redescobrindo a obra do mestre.
Nunca houve um cantor na história do pop nacional tão galã como o fluminense Ronnie Von. Era tão bonito e elegante que, ao estourar em 1966 com Meu bem (versão de My girl, de John Lennon e Paul McCartney), foi apelidado de Príncipe pela apresentadora Hebe Camargo e sofreu boicote da turma da Jovem Guarda, pelo temor do Rei Roberto Carlos de perder o trono.

CD "Ronnie Von nº3" (1969)



"Ronnie Von nº3" (1969)
Von: "Nesse disco fiz aquilo que queria fazer. Tem 'Silvia 20 Horas Domingo', 'Espelhos Quebrados'...'Espelhos Quebrados' era tudo o que queria fazer, e acabei fazendo à revelia de todo mundo.Entramos em estúdio e nos divertimos com a música com a qual eu tinha absoluta identidade e que era execrada pela ortodoxia da MPB. Foi minha ruptura com tudo aquilo que havia sido considerado concreto e definitivo.Cantei igualmente muito mal. Queria ter feito de outra maneira, mas não havia quem me orientasse. Esta é a ressalva que faço ao disco, hoje cultuado como rock psicodélico.A tradução dele está em 'Anarquia' e 'Espelhos Quebrados'. Logo na apresentação eu já dizia: 'Chega de Tudo' aquilo que me havia sido imposto. Foi, entretanto, um fracasso monumental de vendas."

Ronnie Von - A Máquina Voadora (1968)


"Máquina Voadora" (1970)
"Máquina Voadora" (1970)
Von: "Depois de Ronnie nº3, produzi uma nova tentativa de independência musical, que foi 'A Misteriosa Luta do Reino do Parassempre Contra o Império de Nuncamais', que tem ' De Como Meu Herói Flash Gordon Irá Levar-me de volta a Alfa Centauro, Meu Verdadeiro Lar'. Era leitor de Alex Raymond e adorava esse surrealismo interplanetário. Assim parti para 'A Máquina Voadora', que achei que seria um trabalho definitivo na minha vida, mas lamentavelmente não foi. O departamento comercial das gravadoras tem um poder de persuasão muito grande, e me levavam a cometer muitos equívocos. Tudo aquilo que eu gravava não era o que ouvia em casa, o que gerava uma brutal insatisfação.Mas gosto desses três discos como uma unidade de trabalho. Os momentos de irracionalidade são os mais bonitos da vida."
Ronnie Von chegou a entrar para a Escola Preparatória de Cadetes do Ar de Barbacena (MG) e possui brevê de piloto. A máquina voadora é uma ode a sua paixão pela aviação. Embora sem a relevância da obra psicodélica de 1968, o álbum – que mescla baladas e canções com guitarras distorcidas – tem ótimas composições.

Ronnie Von (1967)




Mas a importância de Ronnie Von vai além. O cantor foi responsável por uma das mais ousadas séries de registros musicais da história fonográfica nacional. Entre 1966 e 1972, resolveu se aventurar pelo universo até então obscuro do psicodelismo e, antes mesmo do Pink Floyd, flertou com o rock progressivo. Durante o período, o cantor trabalhou com os maestros concretistas Rogério Duprat (responsável pelos arranjos do histórico "Tropicália ou Panis et Circensis", além de álbuns dos Mutantes, entre outros) e Damiano Cozzela (um dos arranjadores do primeiro disco de Caetano Veloso). Desta fase de ebulição artística saíram os clássicos álbuns Ronnie Von nº3 (1967), Ronnie Von (1968), A Misteriosa Luta do Reino do Parassempre Contra o Império do Nuncamais (1969), Minha Máquina Voadora (1970) e Ronnie Von (1972). As gravações contaram com diversas participações especiais, dentre elas Os Mutantes e os Beat Boys, no disco Ronnie Von nº3, arranjado por Rogério Duprat; e a banda B-612, no disco de 1968, o mais radical e inovador de toda a sua obra, arranjado por Damiano Cozzela.

"Ronnie Von" (1966)



"Ronnie Von"

(1° disco de Ronnie Von - 1966)

Palavras do Próprio:
Ronnie Von: "Esse disco é um equívoco. Pouquíssimas coisas na minha vida fonográfica fiz por gosto pessoal - nunca tive produtores, assessor de imprensa, alguém que me indicasse caminhos. Assim, ficava na mão das gravadoras.Tenho a impressão de que fui contratado mais pelo potencial de vendas do que pelo lado artístico.Nesse primeiro disco, escolhi duas faixas: 'Meu Bem', que é versão de 'Girl', dos Beatles, e 'You´ve Got to Hide Your Love Away', também dos Beatles.Tirei de discos que meu pai, que morava em Londres, trazia. Chegavam para mim com seis meses de antecedência. Daí veio minha amizade com a Rita Lee, que ia em casa para ouvi-los em primeira mão também.Mas cantei mal todas as músicas nesse disco. É um trabalho que não me desperta muita simpatia, a não ser pelo fato de ter sido o primeiro e aberto as portas."
Download: Ronnie Von 1966

A Era Psicodélica de um dos Maiores Nomes da Musica Brasileira



Ronnie Von (Ronaldo Nogueira), cantor e compositor, nasceu em Niterói RJ em 17/7/1947. Sua formação musical incluiu os clássicos (principalmente músicas renascentistas e barrocas) e o jazz. Fez o curso ginasial no Rio de Janeiro RJ, foi ator amador e estudou literatura e pintura. Cursou a Escola Superior de Aeronáutica e a Faculdade de Economia, trabalhando, por volta de 1963, com parentes, em mercado de capitais. Em 1966, costumava freqüentar o Beco das Garrafas, no Rio de Janeiro, cantando nas suas boates gospels, blues e spirituals. Começou a se interessar por rock em 1964 e no ano seguinte, através de Eli Barra, integrante dos Brazilian Beetles, participou do programa de televisão de Glauco Pereira - BBC no Rio -, cantando You've Got to Hide your Love Away, dos Beatles. Vendo o vídeo-tape de sua apresentação no BBC no Rio, Agnaldo Rayol e o produtor Manuel Carlos se interessaram por ele, convidando-o para participar, em São Paulo SP, do Corte-Rayol Show, programa da TV Record que tinha grande audiência. Apresentou-se cantando a canção dos Beatles John Lennon e Paul McCartney, Michelle, começando então a chamar a atenção do público. Foi João Araújo, diretor artístico da Philips, que lhe deu a primeira oportunidade de gravar num compacto, ao lado de Maritza Fabiani, Cláudio Faissal e Brazilian Bitles; cantou nesse disco You've Got to Hide your Love Away e Meu bem, a versão que fez de Girl, música de John Lennon e Paul McCartney Em outubro de 1966, começou a apresentar na TV Record um programa seu, O Pequeno Mundo de Ronnie Von, produzido por Solano Ribeiro, cujo título era alusivo a seu apelido, Pequeno Príncipe. Ainda em 1966, lançou pela Polydor seu primeiro LP com Pequeno Príncipe (Tommy Standen e Fred Jorge), entre outras. No final do ano, recebeu o prêmio Roquete Pinto, como revelação do ano, e assinou contrato com a Agência de Publicidade Jovem Guarda, para o lançamento de produtos com o seu nome (camisetas, vestidos, vitrolas etc.) e também participou do programa Jovem Guarda. Gravou, em 1967, outro LP, pela Polydor, no qual cantou entre outras músicas o sucesso A praça (Carlos Imperial) e Escuta meu amor (Arnaldo Sacomani). No ano seguinte gravou novo LP pela Polydor com Jardim da infância (Nelson e Fábio Luís); lançando anualmente pelo menos um LP, alcançou sucesso com Cavaleiro de Aruanda (Tony Osanah), do LP de 1972, e com Deus sul-americano (com Tony Osanah), do LP de 1973. Excursionou por todo o Brasil e também pela América Latina e E.U.A. Além de Tony Osanah, tem parcerias com Arnaldo Sacomani, Sam Martim e Terry Winter. Um de seus últimos sucessos foi Tranquei a vida (com Tony Osanah), lançada pela RCA em 1976. Continua se apresentando em shows e gravando esporadicamente; em 1995 participou do disco ao vivo O novo de novo, comemorando 30 anos da Jovem Guarda. Lançou na década de 1990 uma autobiografia, Mãe de gravata.
Em sintonia com a vanguarda européia, Ronnie Von trocou uma carreira marcada por sucessos fáceis, como o hit açucarado "A Praça", por um mergulho no desconhecido. O betlemaníaco apostou a carreira e amargou, por incompreensão do público, um lastimável período de ostracismo. Com o passar dos anos a sua fase psicodélica foi sendo esquecida, dando espaço para a imagem do Ronnie Von careta, do pequeno Príncipe adorado por Hebe Camargo.
Durante quase 30 anos estes discos ficaram esquecidos nos catálogos das gravadoras, sem que houvesse interesse em relançá-los em cd. Magoado, o prórpio Ronnie Von evitava falar sobre os álbuns. Paralelamente, cópias dos LPs - originais e piratas - eram disputadas a preço de ouro por colecionadores, sobretudo do clássico álbum de 1968. A nova gereção, aos poucos, ia redescobrindo a obra do mestre.
Nunca houve um cantor na história do pop nacional tão galã como o fluminense Ronnie Von. Era tão bonito e elegante que, ao estourar em 1966 com Meu bem (versão de My girl, de John Lennon e Paul McCartney), foi apelidado de Príncipe pela apresentadora Hebe Camargo e sofreu boicote da turma da Jovem Guarda, pelo temor do Rei Roberto Carlos de perder o trono.Beleza põe mesa, é vero, mas ainda na década de 60, Ronaldo Lindenberg Von Schilgen Cintra Nogueira mostraria que era bem mais que um rosto e um corpo privilegiados. Ganhou um programa na TV Record, O pequeno mundo de Ronnie Von, batizou e lançou a banda Mutantes, e radicalizou ao gravar discos que misturavam influências psicodélicas, tropicalistas e pop. As ousadias musicais, porém, foram incompreendidas (pelo público e a maior parte da crítica) e prejudicaram o sucesso do cantor. Com repertório tradicional (e mesmo brega), Ronnie voltaria a freqüentar ocasionalmente as paradas no fim dos 70, com canções como Tranquei a vida e Cachoeira, e até teria música gravada pelo ex-rival Roberto: Pra ser só minha mulher.
Hoje, aos 62 anos, ele apresenta o programa de variedades Todo seu, na TV Gazeta (segunda à sexta-feira, 22h), tem uma agência de publicidade e vê o redimensionamento histórico da sua fase psicodélica atingir o auge com a edição pela primeira vez em CD, via Universal Music, dos álbuns Ronnie Von (1966), Ronnie Von (1968) e A máquina voadora (1970), além de ganhar um tributo virtual do indie rock (leia boxe).
Obra cult – Fracasso comercial na época do lançamento e elevado à condição de cult com o passar do tempo, o disco de 1968 é o que “talvez tenha valido a minha carreira”, orgulha-se Ronnie Von. Aproveitando a mudança na presidência da antiga CBD (atual Universal), o cantor gravou o seu álbum mais conceitual, tendo como produtor Damiano Cozzella, mestre de Rogério Duprat, o maestro dos tropicalistas.Duas faixas exemplificam bem o arroubo experimental da obra cuja capa incluía uma foto do cantor sem camisa, algo atrevido então: Meu novo cantar, na qual Ronnie Von começa declamando versos autobiográficos, num desabafo contra o que ele havia feito até ali; e Espelhos quebrados. Esta, abre com barulho de vidros e espelhos partindo para, em seguida, entrar um arranjo com oboé, fagote, clarineta, contrafagote.Meu novo cantar e Espelhos quebrados foram compostas por Arnaldo Saccomani. O hoje rabujento jurado do programa Ídolos (SBT) assina outras quatro faixas do disco, incluindo a tropicalista Mil novecentos e além. Outro destaque é a antológica Sílvia: 20 horas, domingo (Tom Gomes/Luís Vagner), com seu romantismo lisérgico e modernidade que desafia o tempo.“É um dos discos experimentais mais ousados daquela época. Se não o mais ousado, pelo menos o mais conceitualmente radical. Nele, estão todas as experiências daquela geração, levadas ao extremo pelo maestro Damiano Cozzella. Tem rock, MPB, modinhas brejeiras, música concreta e psicodelia. Por tudo isso, com certeza, ele resistiu, mesmo perdido nos escaninhos do tempo, e segue absolutamente atual"

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

CD Bedeu - África no Fundo de Quintal



Em 75, de volta à Porto Alegre, fundou o Grupo Pau Brasil, ao lado de Cy, Alexandre, Nego Luís, Leco e Leleco Telles. Com dois LP’s gravados, eles foram responsáveis por uma verdadeira reformulação no samba, criando um estilo próprio ao fazer uma ponte entre o rock e o samba. O primeiro disco, "O Samba e Suas Origens" (1978), foi lançado pela Beverly/Copacabana e o segundo, "Pau Brasil" (1979), saiu pela Continental.
Em 83, lançou-se em carreira solo, com o LP "África no Fundo do Quintal" (Copacabana).
Em 88, a Continental lançaria a coletânea "Samba Rock em Dois Tempos", com duas músicas de Bedeu: Kid Brilhantina e Tribo Guerreira, além de "Um Zero pra Bedeu", de Luis Vagner.
Depois, em 93, lançaria o CD "Iluminado" (GK), gravado em São Paulo e que traz algumas pérolas do samba-rock brasileiro, como Saudades de Jackson do Pandeiro (parceria com Luis Vagner) e Kid Brilhnatina (parceria com Alexandre). São dessa época dois discos produzidos pelo SBT, "Remix do Samba - Volumes I e II", onde Bedeu atua como intérprete, além da coletânea "Nos Bailes da Vida", pela Warner, onde aparecem Nega Olívia, Minha Preta e Menina Carolina.
Em 98, lança seu último trabalho, o CD "Swing Popular Brasileiro", com apoio da Secretaria Municipal da Cultura de Porto Alegre, reunindo alguns clássicos e composições inéditas, uma delas com seu novo parceiro Totonho Villeroy.
Em 2001, sairia o CD "Tributo ao Bedeu", com apoio do Fumproarte e da Prefeitura de Porto Alegre, gravado ao vivo no Auditório Araújo Vianna, com produção de Alexandre e Márcio Gobatto. Neste trabalho, vários de seus amigos e parceiros homenageavam sua obra, entre eles, Nanci Araújo, Gelson Oliveira, Wilson Ney, Lúcia Helena, Xandelle, além de seus parceiros da época do Grupo Pau Brasil, como Leleco Teles, Alexandre, Leco, Paulinho Romeu e Cy, entre outros.
Bedeu nasceu em Porto Alegre, no dia 04 de dezembro de 1946.

CD Coró de Pau - No Cerne da Madeira



A banda Coró de Pau é fruto do trabalho da Coró de Pau – Arte Ofício e Produção com jovens cidadãos e tem como propósito utilizar a expressão artística na construção de um mundo onde as relações humanas sejam inspiradas na fraternidade, na equidade social e na paz planetária. A formação da Banda teve início em meados de junho/2002, quando a Coró de Pau promoveu oficinas de percussão – Roda de Tambor – para um grupo de jovens, no Jardim Botânico de Goiânia. Os instrumentos de percussão replicam de instrumentos africanos , tribais, utilizados pelos músicos da Banda, forma construídos através de material orgânico recolhido de maneira sustentável , pelo luthiê Claudinei Santos do Amaral (Alemão), Diretor de Criação Musical da Coro de Pau Arte Oficio e Produção. Os músicos executam peças nos mais variados ritmos (vamunha, afoxé, aguerê, maracatu, samba afro, etc). O repertório é formado por musicas de autoria da própria Banda e de outros compositores com Lumumba, Banda do Baque, Cacuriá da Dona Tetê e musico de domínio popular.A banda utiliza também de boneco gigantes para brincar com o imaginário coletivo do publico.O PROJETO CORÓ DE PAU - ARTE - OFÍCIO - PRODUÇÃO, visa a valorização da Cultura Brasileira em suas infinitas matizes através das artes, da música e sobretudo através dos tambores - representantes dos rítmos rituais Afrobrasileiros - e de sua energia ancestral.
Idealizado pelo percussionista e luthier "Alemão" e com sede em Goiânia - o projeto inclui:
BANDA CORÓ DE PAU - base percussiva afrobrasileira unida ao groove funkeado contemporâneo, sem faltar uma pitada de pequi no tempero!
BLOCO DE RUA CORÓ DE PAU - 30 componentes entre alfaias, repilique, tarol, tamborins, xequerês, cobel, flautas, maracatus, aguerês, baião, samba e otras cossitas más...
BAMBAK LUTHERIA - oficina de construção artesanal de instrumentos de percussão, que cria (esculpe) os tambores utilizados pela Banda e pelo Bloco, além de vendê-los aos amantes da arte da lutheria.
ESCOLA CORÓ DE PAU - aulas de percussão em nossa sede, oficinas de percussão em diversos tipos de instituções.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

CD Tim Maia Racional Vol. I



Na década de 70 Tim Maia entrou em contato com a ideologia Cultura Racional, liderada por Manuel Jacinto Coelho, um "guru" da ufologia, quando lançou, (1975), os álbuns Tim Maia Racional, volumes 1 e 2 pelo selo Seroma (abreviação do próprio nome Sebastião Rodrigues Maia).Tim Maia Racional Vol.I e Vol.II, São considerados até hoje como os melhores discos de Tim Maia, com grandes influências de funk e soul e pelo fato de que nesta época, Tim Maia manter-se afastado dos vícios, o que se refletiu na qualidade da voz.Desiludido com a ideologia, percebeu que o “mestre espiritual” Manuel não correspondeu ao ideal de um mestre. O cantor, revoltado, tirou de circulação os álbuns, tendo virado item de colecionadores, devido à raridade. Deste disco existem várias pérolas, uma das quais é Imunização Racional.

Download: Tim Maia Racional Vol. I

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

CD Clube do Balanço - Swing & Samba Rock

Clube do Balanço – Swing & Samba-Rock

Marco Mattoli quer fazer de seu Clube do Balanço uma verdadeira enciclopédia do samba-rock. A julgar pelo que se ouve no álbum de estréia do grupo, o guitarrista e cantor pode ficar tranqüilo. A missão está cumprida. Com rigor de arqueólogos, o combo (são pelo menos dez membros fixos e mais um monte de participações) liderado por Mattoli escarafuncha o melhorda produção suingueira nacional do fim dos anos 60/ começo dos 70. Swing & Samba-rock é assim: intencional e deliciosamente datadão. Mas suingue do bom não envelhece nunca. Nesta onipresente onda de resgate do samba-rock, bem que este álbum poderia servir como um literal - e muito bem feito - compêndio, um guia para ensinar a quem não conheceu os sons na fonte.O forte mesmo do álbum é o resgate de pérolas do samba-rock ,em puríssimos teores. Praticamente todos os compositores que fizeram a história do gênero (Ben, Bebeto, Marku Ribas, Luís Vagner, Bedeu) são recuperados no álbum, com uma malandragem mais do que adequada - e arranjos enfatizando os metais, dando um tom gafieirístico ao conjunto. Paz e Arroz, Só Vejo a Criola, Saudade de Jackson dodo Pandeiro e Falso Amor - todas essas ficaram ótimas, mantendo intocada a essência do suingue. O Clube engata um balancê do bom logo na abertura, com Palladiun (número instrumental composto por Ed Lincoln e Orlanndivo). Outra instrumental, o standard Tequila, ganha versão carregada na metaleira para fechar o álbum. Mattoli, que assina poderia se exercitar mais como compositor. É dele Aeroporto, uma das melhores do CD - com seu violão totalmente esquema novo e seu balanço sutil, insidioso. O chefe do Clube também divide com Luís Vagner Trilha Guitarreira.A "sessão confraternização" do álbum é pródiga, tendo como estrela maior Erasmo Carlos - reconciliando-se com sua veia black, ao cantar a sua Mané João (de 1972), de maneira bem cool. Da mesma safra suingueira do Tremendão, o Clube regravou Coqueiro Verde, também em clima de gafieira, cantada por Tereza Gama. Marku Ribas faz dueto com Paula Lima em Zamba Ben; Bebeto resgata sua Só Vejo a Criola, e Luís Vagner ressurge em várias faixas, cantando e tocando guitarra. Da nova dinastia, Simoninha, Max de Castro, Seu Jorge e Ivo Meirelles dão as caras.

CD Toni Tornado 1971 - BR-3


RECOMENDO:

Nascido em Mirante de Paranapanema (SP), Antônio Viana Gomes mudou-se para o Rio de Janeiro aos 11 anos, depois de perder o pai. Trabalhou como engraxate, vendedor de balas e outros pequenos serviços até a maioridade, quando entrou para o serviço militar como pára-quedista Chegou a ser preso uma vez (no Brasil) por fazer o gesto típico do grupo negro americano Panteras Negras. Paralelamente desenvolveu carreira como ator, principalmente a partir da década de 70, quando estreou na minissérie "Jerônimo". Seus papéis de maior sucesso foram no filme "Pixote", nas novelas "Roque Santeiro" e "Sinhá Moça" e na missérie "Agosto".

Download: Toni Tornado 1971 - BR-3

Toni Tornado - Toni Tornado - 1972



RECOMENDO:

Toni Tornado, nome artístico de Antônio Viana Gomes, iniciou sua carreira artística no final dos anos 1950, cantando rock no programa “Hoje é dia de rock”, da Rádio Mayrink Veiga, atuando com o nome artístico de Tony Checker.
Integrou o grupo de música e danças folclóricas Brasiliana, com o qual excursionou pelo exterior, chegando a viver durante dez anos fora do Brasil. Morou em Nova York, onde teve contato com o movimento negro e com Tim Maia.
De volta ao Brasil, no final dos anos 1960, atuou com o conjunto de Ed Lincoln e também como crooner da boate New Hollyday (RJ).
Em 1970, interpretou com grande sucesso a canção “BR-3” (Antonio Adolfo e Tibério Gaspar) no V Festival Internacional da Canção, acompanhado pelo Trio Ternura. Este foi considerado seu lançamento público nacional.
No ano seguinte, lançou seu primeiro LP, Toni Tornado, contendo as canções “Juízo final” (Renato Corrêa e Pedrinho), “Não lhe quero mais” e “Papai, não foi esse o mundo que você falou”, ambas de Roberto Carlos e Erasmo Carlos, “Dei a partida” e “Eu disse amém”, ambas de Getúlio Côrtes, “Breve loteria” (Fafi), “Uma vida” (Dom Salvador e Arnaldo Medeiros), “Me libertei” (Tony e Frankye), “O repórter informou” (Hyldon) e “BR-3” (Antônio Adolfo e Tibério Gaspar), além de “O jornaleiro”, de sua parceria com Major.
Em 1972, gravou mais um LP, contendo as faixas “Mané beleza” (Arnaud Rodrigues e Chico Anísio), “Eu duvido muito” (Getúlio Côrtes), “Sinceridade” (Tim Maia) e “Uma idéia” (Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle), além das seguintes composições de sua autoria: “Não grile a minha cuca”, “Torniente”, “Podes crer, amizade” (c/ Major), “Aposta”, “Bochechuda”, “Eu tenho um som novo” e “Tornado”.

Contato

Caros amigos, peço colaboração de todos para o bom andamento deste blog, por isso,opiniões,pedidos e contribuições, peço que enviem para o meu e-mail: musicadaminhagente@gmail.com,

Atenciosamente,

B'Sides

CD salvadornegroamor





O CD Salvadornegroamor é focado na temática negra. Tem a participação de músicos e cantores consagrados. Arnaldo Antunes, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Jauperi, Lazzo, Maria Bethânia, Mateus Aleluia e Virgínia Rodrigues são alguns dos participantes.O Salvador Negro Amor conta com o patrocínio cultural da Petrobrás,e parte da renda vai pra ong salvadornegroamor


Download - salvadornegroamor